terça-feira, 28 de maio de 2013

Where's the fault anyway ?

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Você sabe que eu não sou do tipo de pessoa que coloca a culpa de tudo em cima do destino. Eu acredito, e você também sabe disso, que é a culpa está nas nossas próprias estrelas. Lógico que existe algum tipo de força que nos empurra para um futuro inevitável, mas também existe a nossa própria força, um pouco da nossa sorte, que faz com que nossos atos e nossas escolhas nos levem ao mesmo tipo de caminho inevitável citado acima. De que outro jeito poderíamos explicar o que aconteceu naquela quinta-feira à tarde, em um dia chuvoso, quando eu e você nos encontramos pela primeira vez? Tudo porque meu ônibus resolveu demorar por conta do tráfego, e eu, com uma vontade enorme de chegar mais cedo em casa só pra dormir meia hora antes de sair para trabalhar, decidi que ia andando, por mais demorado que fosse. Eu senti no fundo do meu coração, que sair andando ao invés de ficar parada esperando, era a coisa certa à se fazer. No meio do caminho a chuva apertou, e eu abri meu guarda-chuva amarelo, como sempre acreditei que tinha que ser. E aí é que tá, não foi a minha decisão de andar até a minha casa, ou a minha decisão peculiar de comprar um guarda-chuva amarelo que me fez esbarrar com você. Foi a chuva, junto com uma calçada esburacada e o meu escasso equilíbrio que me fizeram tropeçar e cair em cima de você, que por obra do destino e por maloqueiragem estava no meio do caminho. Uma força nos rendeu um sorrisinho de cada lado e me permitiu esquecer o celular deixado no chão, do seu lado. De graça, nos estendeu tudo isso e disse "Toma, agora se vira e toma conta". Como se tivessem ganhado um filho, nossas estrelas se empolgaram e se encarregaram de todo o resto que nos trouxe até aqui. Tanto tempo depois, e ainda filosofando sobre a ideia dessas forças impulsivas. Tanto tempo depois, e ainda tentando entender algo que não precisa de explicação nenhuma. Tanto tempo depois, e eu ainda tentando colocar a culpa em alguém, se não em nós mesmos.

sábado, 25 de maio de 2013

Thought #4

Mas eu me vejo hoje, em plena terça-feira à noite, chorando baixinho na minha cama. Ouvindo aquela música da Adele que você não gosta, só pra ver se o você dentro de mim se irrita e vai embora. Só pra ver se assim, eu consigo dormir com o peito um pouco menos cheio. Menos abafado.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

That new old feeling

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Esse sentimento é totalmente inédito dentro de mim. Nunca antes havia sentido tamanha agitação no estômago, toda vez que ouço uma voz. Nunca antes, tamanho sorriso aparecia no meu rosto, agora, comum, apenas três simples palavrinhas e ele dá as caras e custa a ir embora. Não que você seja a pessoa mais perfeita do mundo, muito pelo contrário, você é cheio de defeitos, e eu sei muito bem disso. Entretanto, desconfio que toda a tremedeira e mãos suadas são exatamente derivadas desse seu caráter totalmente não-príncipe-encantado. Porque afinal, qual seria a graça se você atendesse sempre minhas ligações ? E que grande novidade seria se eu não fosse dormir todas as noites com medo de não te ter no dia seguinte ? Aquela ansiedade que me come de dentro pra fora não ia existir se você aparecesse sempre na hora que diz que vai, muito menos a sensação de conforto e alívio que sinto quando você finalmente aparece, depois de horas passadas. E mesmo tentando com todas as forças negar ou rejeitar esse sentimento louco e inconsequente, é inegável que a vontade de ter do meu lado cresce mais e mais, a cada segundo que se passa.