quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Supermercado, labirintite e você

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Hoje, descendo as escadas da minha casa, me dei conta do quão bom seria que você estivesse me esperando do lado de fora quando eu abrisse a porta ou parado na frente do supermercado quando eu virasse a esquina da minha rua. Me dei conta do quão bom seria assistir aquele filme água-com-açúcar que estava passando na sessão da tarde. Ou, quem sabe, até mesmo aquele programa de TV que falava sobre as causas da labirintite. E foi quando você me ligou, mais tarde, naquele mesmo dia, que eu percebi que não importava onde ou fazendo o que, você ali do meu lado ia fazer tudo mais fácil e bonito. Foi quando eu atendi o telefone e ouvi sua voz manhosa e com sono do outro lado, que eu me dei conta que até ver meu time perdendo o Mundial não seria tão ruim quanto ficar sem você. Foi assim. Um soco na boca do estômago. Um corte de papel no dedo. Um caco de vidro na perna. Percebi, assim, de repente, que eu estava irrevogavelmente e desesperadamente apaixonada por você. E que eu queria você aqui. E não precisava fazer nada, dizer nada, olhar nada. Só você aqui e já tava bom. Não preciso muito. Um abraço, um cafuné e um beijo de boa noite e eu já to satisfeita. Você do meu lado e eu ia até feliz comprar café em um domingo no supermercado. Se você estivesse me esperando ali na frente, eu até arriscava uma piscadinha. Só pra você sentir a mesma vontade de me ter que eu tenho de ter você.

Um comentário:

  1. "Só pra você sentir a mesma vontade de me ter que eu tenho de ter você." ♥ Que lindo! :')

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